Até 80% dos tumores mamários palpáveis são alterações benignas e que não aumentam significativamente o risco para o desenvolvimento do câncer de mama. As lesões mamárias benignas que abordaremos são os cistos, fibroadenoma, hamartoma, papiloma, tumor filoides e adenose.
CISTOS
Os cistos mamários são lesões originadas no ducto terminal da unidade lobular, definidas como estruturas maiores de 3 mm, podendo aumentar ou desaparecer, independentemente de medidas terapêuticas. Decorrem, principalmente, de processos involutivos da mama, podendo a parede do cisto sofrer metaplasia apócrina com produção ativa de fluído, o que causa recidivas frequentes.
A faixa etária em que mais comumente os cistos ocorrem é de 35 a 50 anos, coincidindo com a fase involutiva dos lóbulos mamários. Incidem em 7 a 10% da população feminina, podendo ser únicos ou múltiplos, uni ou bilaterais. Durante a lactação, os cistos podem ser formados por conteúdo
lácteo, sendo denominados galactoceles, ou ainda apresentar conteúdo purulento nos casos de abscessos organizados.
A ultrassonografia é o método mais sensível para o diagnóstico dos cistos mamários, detectando lesões a partir de 2 mm. Os cistos podem ser divididos em: cistos simples, cistos agrupados, cistos complicados e cistos complexos.
Cistos simples
Os achados ecográficos de um cisto simples incluem:
-Lesão completamente anecóica e sem ecos internos;
-Paredes lisas;
-Forma bem circunscrita;
-Reforço acústico posterior.
Pode haver focos de calcificação parietais. Não podem aumentar de tamanho na pós-menopausa. Quando achados típicos de cistos simples são encontrados, não necessita mais de acompanhamento.

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